sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O dia "D"


Dia vinte e sete (27) de outubro, um lindo sábado ensolarado bem típico daqueles para ir à praia. Neste dia eu não paro um minuto em casa, estou ansiosa para logo mais. A FESTA!!
Começo os preparativos, arruma dali, arruma de cá, espera os amigos chegarem à minha casa, nisso já são quase 01 hora da manhã. Meu celular tocou, era outro amigo que já estava no posto fazendo a concentração e nos esperando. Já são 02 horas da manhã e estamos no posto já quase saindo para o local da FESTA. . .
Enfim chegamos!! Havia muitos carros, o posto mais perto já estava lotado, não tinha nenhuma vaga sequer, então, continuamos a procurar. Ainda não conhecia o local, quando me deparei achei a coisa mais linda, parecia um castelo, já me animei e olha a festa nem havia começado ou pelo menos para mim ainda não ... (rs) Entramos no estabelecimento, estacionamos os carros e vamos que vamos rumo a mais uma festa alucinante.
Aquela música, tocando, aquelas batidas e luzes psicodélicas foram me dando uma inquietude natural, já ali mesmo, no estacionamento, meu corpo já começou a se balançar. As horas foram passando, a noite foi se transformando em dia, o sol foi saindo (que sol!!!) e a música ainda tocando e estava longe disso tudo acabar...
Vocês provavelmente já sabem que festa é essa, a tal rave “Tribe”, que tanto foi divulgada nas emissoras de TV, devido os infelizes acontecimentos. Eu como espectadora me chocou ao ver o que tinha acontecido, em estado, posso dizer, de choque. Mas como freqüentadora da festa lhes digo, é uma festa igual as outra, a única diferença é a duração que é maior. Droga hoje em dia está igual água, desculpa mas é, você se depara virando sua esquina, vê meninos de rua ao plena manhã consumindo essas substâncias. Infelizmente esse mal não é de hoje e muito menos das festas Raves. Ao ir em qualquer festa, seja ela de boate, particular ou festivais, você se depara com pessoas usando, nem digo jovens só, pois estaria mentindo ao falar que somente eles consomem.
O caso do menino de 17 anos me chocou e posso imaginar somente isso porque nunca vivenciei o quanto os familiares devem estar sofrendo com a perda. Contudo, esse mesmo menino mentiu para os pais falando que iria para Angra passar o final de semana, saiu na sexta feira de casa, sendo que a festa começou no sábado, não quero julgar os pais, mas que estranho os mesmos não terem ligado para saber se o filho chegou bem e tal. Como um garoto menor de idade vai “viajar” para outra cidade, com amigos, e os pais não mantém um contato!? Posso estar completamente errada, talvez eles ligaram e o garoto havia dito que fizeram boa viagem e que estava tudo ok. Vai saber, na imprensa nem sempre se dá todos os detalhes, eles acabam se prendendo a um fato. E esse fato é que o menino mentiu, falsificou carteira de estudante e consumiu drogas e álcool excessivamente. Agora, quem está errado, a festa ou o menino? Lógico que a festa tem sua parcela de culpa sim e tem que responder por isso, contudo, esse menino e os milhares de outros que estavam lá na mesma situação dele, são conscientes das conseqüências e dos riscos ao ingerir esses tipos de droga. Todos que estavam lá eram provavelmente de classe média e média – alta, isso quer dizer que nenhum deles eram alienados e não sabiam o que estavam fazendo e tem sim, que assumir as responsabilidades. Infelizmente esse menino não está mais aqui para fazer isso, tomara que ele sirva de lição para todos incluindo os pais, que tem que entender que é preciso CONVERSAR, ter um canal aberto com seus filhos, que não adianta prender ou acabará assim, os filhos mentindo e indo para um lugar diferente daquele que eles falaram para vocês.

2 comentários:

Anônimo disse...

vc escreve muito bem, parabéns...até eu fiquei com vontade de ir nesa festa...
tenho um blog tbm http://quiane.zip.net
bjus
quiane

Anônimo disse...

ops...errinho de digitação, corrigindo: NESSA festa, kkkkkk
bjus